quarta-feira, 13 de outubro de 2010

Madrid e Valência

[Mainha e painho, se vocês realmente me amam, vão dar uma prova desse amor agora e não vão ler o próximo parágrafo, começando a ler só a partir do segundo!]

Pela primeira vez na vida, passei duas madrugadas seguidas praticamente sem pregar o olho e passei umas 24 hrs sem comer que preste... mas isso tudo valeu à pena. A noite em Madrid da quinta pra sexta-feira foi ótima, o Congresso Mundial Espírita foi maravilhoso. Foi assim, oh:

Na quinta-feira pela manhã, saímos pra resolver as últimas pendências pra viagem. Na volta, pagamos todo os meses do alojamento (ai, meu coração!) e fomos almoçar. Já era quase uma hora da tarde, estávamos atrasadíssimas! O vôo saia às 3:45 de Porto, tínhamos ainda que pegar um táxi até a estação de comboio, depois pegar o comboio até a estação de metro, pegar o metro até o aeroporto e, enfim, fazer o check-in!! Mas graças a Deus, deu tudo certo. O aeroporto de Porto tem umas escadas que definitivamente não são abençoadas e a gente, tão apressada que estávamos, subimos todas elas, sem perceber que tinha um elevador logo ali ao lado. Foi aí que eu comecei a fazer todo o exercício que eu não havia feito ano passado - porque os desse ano que eu não tinha feito eu já fiz todos nas caminhadas da universidade pra residência!

Chegamos em Madrid! Aí que vem a primeira pérola da viagem: passamos aproximadamente 40 minutos para podermos nos situar no aeroporto. Ninguém nos avisou isso, mas a regra básica pra quando se deseja viajar pra Madrid é essa: arrumar um mapa do aeroporto. É enorme! E super complicado. Além do mais eu, super orientada, não me dei conta que estávamos na Espanha. Na hora, no ato, e sem burocracia alguma, perguntei a primeira pessoa que passou, em português, onde era a saída. Depois que ela não me entendeu e que começou a falar em espanhol, a ficha caiu. Nham. Depois de irmos de um lado pro outro aproximadamente três vezes (foi uma verdadeira palhaçada), encontramos a estação de metro. Pegamos o metro e fomos em direção ao nosso Hostel. Logo que chegamos, a primeira coisa que vimos foi um Burger King, ali, na nossa frente, e ainda mais com uma promoção de um sanduíche + um refrigerante por dois euros! Com a fome que já estávamos, isso foi como encontrar água no deserto. [Mãe, pula de novo]
Inclusive essa foi a nossa refeição mais frequente enquanto estávamos lá. Acho que preciso passar uns 3 anos sem entrar no Burger King
[Pronto, mãe]
O Hostel foi fácil de achar. E ele era ótimo! Limpinho, agradável, pessoas super legais. Eu realmente indico - coloca no google, oh: Pousada de Las Huertas

Prontas pra noite em Madrid!

Logo que chegamos, descobrimos que o hostel tem uma espécie de programação para cada noite. Nas noites das quintas, há sangria (uma bebida típica da Espanha - horrível, diga-se de passagem) de graça para todos até certo horário e, depois disso, há o que eles chamam de "Pub Crawl". Paga-se dez euros e eles nos levam à 3 barzinhos, onde temos direito a algumas bebidas, e, por fim, a uma discoteca. Foi ótimo! Conhecemos alemães, ingleses, israelenses, canadenses. No início meu inglês ficou fazendo charminho pra sair, eu querendo lembrar das palavras.. mas a medida que a conversa foi se prolongando, a comunicação se estabeleceu! Conhecemos pessoas ótimas, conhecemos pessoas engraçadas (are you from brazill? bra-ziiiiiiiil?? ooooh) - a noite foi maravilhosa. 

Voltamos pra casa às 4 e tanta da manhã. Tínhamos somente a sexta pra conhecer MAdrid, já que no sábado iríamos pra Valência. O jeito era acordar cedo, não tinha o que se discutir. Acordamos, saímos em busca de comida, alimentadas, seguimos em frente. Mas não sei se pelo nosso sono, se pela minha mania de sempre esquecer algo e de ter esquecido o casaco e assim nós termos que ir em busca de comprar um logo pela manhã (quando chegamos, tava fazendo calor em Madrid, mas no sábado amanheceu bem friozinho já e nos disseram que no domingo e na segunda também, só fazia esfriar), o fato é que só conseguimos nos orientar depois do almoço. A manhã foi praticamente perdida. Quando chegamos na Gran Via (mais um Burger King...), vimos mais e mais prédios com arquiteturas belíssimas. É o que chama a atenção em Madrid. Há inúmeros prédios super antigos, lindos de morrer. Um deles era uma associação de jornalistas. Era lindo, imenso. Fiquei super orgulhosa quando vi! Por dois minutos. Logo que nos aproximamos, notei que hoje em dia funciona de um tudo no prédio: cinema, exposições, lojas. Seguimos em frente.

A Gran Via
Em Madrid, o ruim é que tínhamos pouquíssimo tempo para conhecermos tudo. Mesmo assim, visitamos várias praças, um museu, inúmeras igrejas, o palácio. Entre as praças, a que mais me chamou a atenção foi a Plaza Mayor, no centro da cidade. Não pela história dela, mas por algo super interessante que vimos ali: ao redor da praça havia inúmeros artistas, pintando ao ar livre. E a grande maioria pintava muito bem! Havia também aqueles que ficam pintados de estátua, se fazendo de estátua. Um que tava fantasiado de executivo gigante, sem cabeça, fazendo macaquice. Dava pra passar horas ali.

Na Plaza Mayor

Mas tivemos que ir logo. O tempo era pouquíssimo e havia muita coisa pra ver ainda. Antes disso, já tínhamos visto algumas igrejas, a Praça de Cibelles (lembrei de você, Cy!), o museo de Reina Sofia, onde tá exposto Guernica, de Picasso, e outras várias obras suas e de Salvador Dali. Preferi as de Salvador Dali. 

Dispensa legendas hahahah
Fomos ao Palácio, mas não conseguimos entrar. Tava tendo uma celebração da Música Militar, com várias apresentações. Não sei se somos nós que estamos tendo sorte e pegando esses eventos, ou se é porque a vida cultural por aqui não pára nunca. Não vimos o rei. Fiquei arrasada. Seguimos em frente.

Vimos também uma catedral, linda! A Catedral de La Almudena. Por dentro e por fora, é linda. Na frente tem uma estátua de João Paulo II, e daí mesmo a gente já começa a se sentir em paz. Dentro havia alguns trechos de Mariana de Jesus, considerada santa pelos católicos. Ela se entregou a vida religiosa desde os seus 13 anos, deu inúmeras contribuições pra que a fé católica continuasse se difundindo àquela época (leiam mais aqui), e, na parede do mosteiro, havia esses belíssimos dizeres:

Madre Mariana de Jesus Torres

Catedral de La Almudena


Mesmo cansadas, papai do céu estava conosco e tava sendo uma maravilha conhecer tanta coisa. Demos uma paradinha numa praça, deitamos um pouquinho na grama, tiramos um cochilo [não, mãe, não é a hora de me matar ainda... tinha um monte de gente fazendo isso por lá também!] e continuamos o caminho de volta. Em uma das praças por que passamos, tava tendo uma apresentação de um grupo musical mexicano. Paramos pra comer alguma coisa, e fomos direto para o Hostel. Tínhamos que pegar nossas coisas, torcer pra que deixássem que nós tomássemos um banho (afinal a diária já tinha acabado desde as 11 hrs da manhã! - mas deixaram!), e ir novamente para o complexo aeroporto de Madrid, esperar o vôo para Valência que sairia às seis da manhã.

(continua...)

2 comentários:

  1. Rafa, onde está o resto? Eu juuro que nao li as partes proibidas!!!!! Mas suas farras estão brabas hein, filha.
    Aproveita filha, com responsabilidade mas aproveita.
    A viagem foi linda, conta o resto que quero saber mais.....
    Mainha

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  2. Morreeeeeeendo de inveja de vc!!

    =*******

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