terça-feira, 26 de outubro de 2010

Santiago (segunda parte)


A origem de Santiago remonta a blablabla, pois é. Aos romanos. [E o Caminho de Santiago passa pela região de Castilla e León, o mais antigo registro de presença humana da  Europa, datada de mais de 1 milhão de anos] Mas o mais interessante de Santiago não é isso. É a origem do nome. É San-Tiago (São Tiago) porque há quem diga que foram encontrados restos do apóstolo Tiago lá. E o Compostela vem de Campus Stellae, "campo de estrelas". E as peregrinações... lá vem a parte quase-chata. As peregrinações começaram a acontecer porque o rei Afonso II das Astúrias, vendo seu poder em decadência, precisava de algo pra se restabelecer. Com a notícia de terem sido achados os restos do apóstolo, o rei Afonso II anunciou Santiago como um novo local de peregrinação cristã, tendo em vista que àquela época Jerusalém tava nas mãos dos muçulmanos. Espertinho.




(Esse já é considerado o maior ano santo da história moderna das peregrinações a Santiago. Ano santo é considerado quando o dia de Santiago, dia 25 de julho, cai num domingo. Dizem que as 'recompensas' espirituais são maiores nesses anos. O próximo ano santo agora sóó daqui a 11 anos! Nesse ano, tem dias em que mais de mil peregrinos chegam a pé a cidade, ó)

Depois, fomos passear por Santiago. Conhecemos o Museu das Peregrinações, super interessante. Não se baseia só nos peregrinos de Santiago (ainda que descreva em pormenores não só como se deu a construção da Catedral de Santiago, como também inúmeras histórias de peregrinos que já foram lá), mas de inúmeros outros locais de peregrinação, aqui na Europa, na Ásia, na África, no Brasil, nos cinco continentes.  Não só as peregrinações católicas, mas de todas as religiões. Valeu à pena.

(Foi lançado um documentário intitulado "Um Caminho de Santiago", co-produzido pela Asociación Cultural Jacobea Paso a Paso, associação essa que foi apadrinhada por Paulo Coelho. O documentário acabou de ser premiada como uma das maiores obras já feitas sobre Santiago)

De lá, fomos nos encontrar com o pessoal para um jantar dos Erasmus. Do jantar, fomos a um barzinho, desse barzinho fomos pra outro [!]

[Santiago é uma coisa inacreditável. Em termos de frio, eu digo. Não existe. É incomparável. Parece que se compara com Braga, daqui a um, dois meses. Mas eu não quero saber disso agora. É incomparável, ponto final. De madrugada, pra dormir, eu tinha esquecido de levar o pijama (é claro que eu tinha de ter esquecido alguma coisa...) daí coloquei a meia calça, um casaco e pronto. Tava cansada, tão cansada que foi só deitar, puf, rapidinho peguei no sono. Isso era 5 da manhã. Quando deu umas 8 hrs, uma das meninas se acordou, procurando o celular, e eu me acordei também. Pra voltar a dormir, eu pensei que ia pegar o caminho direto pro inferno. Mentirinha. Pra um inferno com a temperatura inversa. Eu tremia, tremia, tremia. Sabia que não tava mais sentindo minhas pernas - mas não sabia se era pelo cansaço ou pelo frio. Resolvi resolver isso depois. Consegui dormir novamente]

No outro dia, assim que acordamos, já era hora de voltar. De volta pra Braga.  Dessa vez, paramos em Vigo, uma cidadezinha portuária - é o principal porto pesqueiro da Espanha. Pra surpresa de todos, a origem de Vigo não remonta aos romanos. Há achados da Idade da Pedra. Rá! Almoçamos no shopping, demos uma passeada pela cidade. Não deu para conhecer muita coisa, a cidade tava deserta, parada, vazia.
Hora de voltar pra Braga. Hora de voltar, mesmo. E esperar pela próxima viagem (Roma, 31/10).


3 comentários:

  1. Lendo seu diário viajo com vc.
    Que felicidade!!!!!!!!!
    Tia bel

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  2. morro de rir com seus post!
    te imagindo falando!!

    saudade rafinha
    ;**

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  3. estou te seguindo no meu blog rafinha! adoro ver seu diário de viagem :)

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