quinta-feira, 11 de novembro de 2010

"Andiemos!" (Roma - 2ª parte)

O trem era estranho, bem estranho. Todo escuro, apertado, cheio de gente igualmente estranha. Sabe as fotos do orkut, eu sentadinha numa poltrona fofinha, tudo bem iluminado? Aquele foi o comboio que nós pegamos na volta, Roma-Bolonha. Imaginem o inverso daquilo, 3 lugares de frente pro outro, dentro de um espaço fechado por uma portinha. E quando eu tava quase dormindo, a polícia abriu a porta, com uma daquelas lanterninhas desagradáveis, luz na minha cara. Viu se tava tudo bem. Eu, criminosa. Mas nao tenho do que reclamar. Mal fechei o olho, peguei no sono. E só acordei quando tava chegando lá, bem pertinho.

Chegamos em Roma era de manhazinha, seis horas.  O hostel no qual nós ficamos, o Alessandro Downtown, fica super pertinho da estaçao de metro (tivemos de pegar um metro até a estação Termini)! Eu indico o hostel, por sinal. Foi 15 euros a diária, o quarto era limpinho, tinha café da manhã e de segunda a sexta, quando não feriado, eles oferecem um festival de massas, às 19 da noite.

Tomamos café, tomamos banho, e fomos pro primeiro dia em Roma. Primeiro ponto: Basílica de Santa Maria Maggiore. Essa basílica, assim como qualquer pedaço de papel, de pedra ou de tijolo para o qual nós olhemos em roma, remete a histórias dos tempos mais longínquos possíveis e a mil e um segredos! Segundo uma lenda, ela foi construída no século V, depois da Virgem ter aparecido ao Papa Libério lhe instruindo a construir uma igreja no monte Esquilino. Também segundo a lenda, a planta da igreja foi desenhada por uma nevada milagrosa.



A igreja é linda, sinceramente. Mas eu fiquei emburrada, de cara. Acho que foi o sono. Mas é que olha: tem muito, muito ouro lá. Muito, de uma forma inacreditável. Ouro lá, parado. Formando desenhos magníficos, uma arquitetura belíssima, é verdade. Todo dia vao centenas de pessoas la visitar, todo mundo quer ver o que é belo. Mas mais belo seria reverter todo esse dinheiro em obras sociais. Mais belo seria se não tivesse à porta da igreja uma senhora pedindo esmola. Com tanto ouro lá dentro.



Mas passou. Era sono. De lá, fomos na direção dos pontos turísticos. Rafinha briga com o guarda-chuva, uma a zero pra ele. Avistamos o Coliseu. Lindo. E quem não lembra das aulas de história, quem não lembra da história do Coliseu? Essa, por sinal, foi a viagem em que eu mais lembrei dos meus professores de história. Vanuza, primeiro ano. E as histórias dos leões, das feras, das batalhas navais. Pão e Circo. Eu sempre imaginei o Coliseu, imaginei as pessoas gritando, coisa de filme. Lá, a imaginação da gente flui, explode, grita. Mas não foi nessa hora que eu entrei lá. Isso foi pra mais tarde.



Vimos o Coliseu, tinhamos chegado no lugar certo. Em frente, havia alguns homens fantasiados de romanos, nos aproximamos. Querem tirar foto? Claro que queremos! Gente, isso é roubada. Cinco euros. Óbvio que não pagamos. Apagamos as fotos, fomos embora.

2 comentários:

  1. Você consegue passar os sentimentos vividos por palavras.. Continue assim! Que a viagem seja cada dia mais emocionante, divertida e cheia de aprendizado! Beijos! :)

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  2. É verdade Rafinha. Você consegue fazer nossa imaginação fluir de uma forma, fico sonhando. Viajando aqui com os posts, tentando imaginar cada detalhe (se é que isso é possível). Aproveita mto o tempo que te resta por aí ;). Bjos

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