terça-feira, 16 de novembro de 2010

"Andiemos!" (Roma - 4ª parte)

Fomos em direção ao "Del Vittoriano". Nem esperávamos encontrá-lo pelo caminho, Júlio César. Não disse? É assim mesmo em Roma... de vez em quando a gente esbarra em umas figuras engraçadas... Olha a pose dele na estátua. Caso ele soubesse que tem alguém se ousando a tirar esse tipo de brincadeirinha com ele, aposto que se levantaria do túmulo. A sorte já foi lançada, César. Deixa agora que digam o que quiserem. E, no fundo, se eu não sou sua fã, ao menos de sua(s) história(s) eu sou.

O Complexo Del Vittoriano também é conhecido como "Altar da Pátria". Esse monumento é recente, se considerarmos que estamos em Roma. Século XX. Ele é lin.. vocês sabem. Arquitetonicamente, é lindo. Mas destoa completamente do restante da cidade, ao menos do restante que a gente tinha acabado de conhecer. Mas pra tudo tem lugar em Roma. Pra tudo e pra todo mundo, até pro desconhecido. Perto da sua entrada, no lado de fora, há o "túmulo do Soldado Desconhecido", com uma chama eterna, construído após a I Guerra Mundial. Tá vendo? Roma é perfeita. 



"Se vocês quiserem continuar, tudo bem, mas eu cheguei no meu limite, juro que tenho que voltar pro Hostel", Ingrid solta. Deus é pai. Eu não iria ter coragem de pedir pra parar, Roma é tão l..! Mas se eu andasse mais uma hora, cairia dura no chão, certeza. Fomos pro hostel. Tomamos banho, e lá vem a parte irônica, trágica, ou engraçada da viagem. Nossas botas tinham encharcado, era preciso secá-las.  Não tínhamos levado nenhum tênis (e aqui fica a dica: pode tá o frio que for, mas caso tenham que escolher somente um sapato pra levar, escolham um tênis, não uma bota - experiência própria), nenhuma havaiana, nada. Ou secávamos ou... secávamos. Sabe aqueles secadores de cabelo que têm nos banheiros femininos? Isso mesmo... Sentamos no chão, e dá-lhe secador dentro da bota. Constrangedor.

Dessa vez, pegamos um quarto misto. E não tivemos problema nenhum, pelo contrário: só havia um homem no nosso quarto e brasileiro. Já viajou pra muitos e muitos e muitos (que inveja que inveja que inveja) lugares e nos deu várias dicas. Natal e Ano Novo, por exemplo, o melhor que se pode fazer é se juntar a vários brasileiros e comemorar. Veremos.

Saímos para jantar. Tínhamos duas exigências: um local que fosse perto e que vendesse comida. Só. Paramos em um restaurantezinho próximo ao hostel, comemos um espaguete... gostoso, mas não tão gostoso quanto os que comemos depois. A coca, 3 euros. A massa, 9 euros. Devíamos ter procurado mais, fato.



Voltamos para o hostel, mandei email pra mamãe, vimos os horários do trem que iríamos pegar de volta para Bolonha, hora de dormir. Quase enlouqueci quando percebi que não tava conseguindo dormir. QUASE. Bem quase mesmo. Depois de uma hora rolando na cama, consegui.

Na terça, acordamos cedinho para podermos sair cedinho e conseguir conhecer tudo que não tínhamos conhecido no dia anterior... mais o Vaticano. Primeira parada: Basílica de Santa Maria Maggiore, de novo, pra terminarmos de comprar as lembrancinhas. Não me importei de ter que vê-la novamente... ela é linda! E por uma grande ironia do destino, a terça tinha amanhecido ensolarada. No dia em que iríamos visitar apenas os locais cobertos e fechados, faz sol. Engraçado...


Pelas ruas de Roma

De lá, fomos em direção ao Pantheon, que já ficava no caminho do Vaticano. Dessa vez minha imaginação errou feio. O Pantheon é um templo que foi erguido em homenagem a todos os deuses, de forma que conseguisse abarcar todos os povos que estavam sob a dominação do Império Romano. Sabe o que eu imaginava? Inúmeras estátuas de deuses, inúmeras homenagens. Só que no século VII ela foi entregue a Igreja Católica e hoje funciona como um templo religioso. Além do mais, a frente do edifício estava em reforma. Não gostei.



(obs: O Pantheon foi, durante séculos, reconhecido por ter a maior cúpula da Europa Ocidental. Além disso, seu formato arredondado é mais uma evidência de que foi erguido em homenagem a todos os deuses)

Dali, o caminho para o Vaticano deixou de ser o caminho para o Vaticano. Roma é assim: a cada passo que você dá, tem algo pra se ver. Encontramos a Piazza Navona, uma praça que hoje em dia é conhecida principalmente pela Fonte dos Quatro Rios, que ali se encontra. A fonte representa os quatro principais continentes do mundo cortados pelos seus principais rios. Nota: o rio Nilo é representado com uma venda nos olhos, porque à época ainda não se sabia onde era sua nascente. O mais interessante nessa praça, no entanto, não é a fonte: é que lá existem inúmeros artistas, pintando ao ar livre e vendendo suas obras ali mesmo. Caricaturas, paisagens, obras impressionistas, tudo, tudo.



(obs: É também na Praça Navona que se encontra a Embaixada Brasileira hahah)

Era 11 e um pouquinho ainda, mas decidimos almoçar logo e só entao irmos para o Vaticano. Um restaurante ali por perto da Praça Navona tinha chamado nossa atenção. Lasanha mais refrigerante: 11,5€.

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