terça-feira, 23 de novembro de 2010

"Andiemos!" (Roma - 5ª e última parte)

Terminado o almoço, seguimos, finalmente, para o Vaticano. Para chegarmos lá, tivemos que atravessar uma ponte, a Ponte de Santo Ângelo que nos levou a um castelo de mesmo nome: o Castelo de Santo Angelo. Mas aqui o que importa não é o castelo e sim o que se vê, quando na ponte. Não me refiro somente à vista - mesmo que ela também seja linda - do rio Tíber. É que não poderia ser diferente: o caminho para o Vaticano é, mesmo, sagrado. Ao longo do percurso, damos de cara com alguns anjos, cada um levando levando um elemento da Via Sacra de Jesus. "Belíssimos!"






Quando chegamos ao Vaticano, mais chuva. Chuva, chuva, chuva. Outra vez, vieram os guias, perguntando se nós aceitávamos o pacote. Não aceitem. É uma cilada, Bino! Se bem que dessa vez, talvez devessemos mesmo ter aceitado. Não pelo preço - que, repito, nao vale a pena - mas porque aí teríamos entrado nos lugares na ordem correta. É que com a chuva, nos apressamos para entrar logo no primeiro lugar que encontrássemos... e esse lugar foi a Basílica de São Pedro. Linda, linda, linda. Bela. Com um pouquinho de ouro demais, novamente, mas tudo bem. Linda.



Foi aí que subimos uma quantidade sutil de 521 degraus para ver a vista da cúpula da basílica. Quem for subir e achar que não vai acabar nunca, tenha fé - um dia acaba. A escada muda sua estrutura diversas vezes ao longo do caminho e aproximadamente a partir da metade ela fica tão estreita, mas tão estreita, que só passa uma pessoa por vez. Mas aqui vai uma palavra de otimismo: vale à pena. E sim! Pagamos 5€ para ir até à Cúpula. E outra cilada: há um elevador para fazer esse trajeto, mas ele não chega nem na metade dos degraus. Pára no 200 e pouquinho, eu acho... alguma coisa assim.





Quando descemos, ficamos um pouquinho mais na Basílica e então, quando pensamos em continuar nosso trajeto pelo Vaticano, descobrimos que tudo já estava fechando. Droga! Mas olhemos pelo lado bom: arrumamos uma desculpa para um dia voltarmos a Roma (eu preciso dizer que isso já tava nos meus planos desde a hora em que eu pisei lá?).




Além dessa famosa cúpula, é na Basílica também que se encontra a famosa Pietá, de Michelangelo.

À saída da Basílica, encontra-se uma lojinha, com um ponto dos Correios, cheio de cartões postais. Mandei um cartão postal pra mamãe, fomos embora.

Tínhamos até o finalzinho da noite livres, já que nosso trem só sairia já quase de madrugada de volta para Bolonha. Foi aí entao que fomos andar - quase que - sem destino. Sem pressa, pelo menos. Vimos o Tribunal, uma feira de souvenirs cheia de livros, guias turísticos, réplicas de obras, etc etc etc. Atravessamos a ponte de volta, hora de jantar.  Por acaso - bem, mas bem por acaso - tomamos um sorvete na sorveteria Giolliti, uma das mais famosas de Roma. Estávamos andando, sem preocupaçao alguma, quando vimos uma sorveteria aberta e decidimos tomar sorvete. Tomamos, gostamos tanto, mas tanto, que quase repetíamos.
Quase mesmo. Só quando chegamos em Braga que descobrimos que a sorveteria é tao famosa quanto ela é. Sorte.

Eu já disse que a cada passo que se dá em Roma, descobre-se algo lindo, maravilhoso e interessante, não disse? Pois bem. Nosso interesse era chegar à Fontana de Trevi, um dos principais pontos turísticos. Só que no caminho, acabamos por ter nossa atenção presa por diversas outras coisas. Inclusive por um homem - ou uma mulher - que tava ali, sentado (a) na calçada, pintando um quadro com grafite. O que ele pintava? O coliseu, ora de manhã, ora no espaço, ora ao anoitecer. Era tao lindo que meio mundo de gente se juntou ao seu redor e a cada quadro finalizado, uma pessoa se dispunha a comprar. Se ele tivesse feito um leilão ali, tinha se dado bem. Super bem. Certeza.

Chegamos à Fontana de Trevi. É uma das mais belas coisas que eu já vi e, com certeza, a mais bela fonte. Há uma lenda que diz que, quando uma moeda é jogada de costas para a fonte, um retorno a Roma é assegurado. Claro que eu joguei. (Mais lendas da Fontana di Trevi aqui )



Da Fontana, fomos de volta ao hostel, para pegarmos as coisas e finalmente irmos a estação. No caminho, demos uma passadinha na Piazza di Spagna, onde acontecem os famosos desfiles. Uma dica: nao dê informações erradas aos turistas. Não foi por querer mas...
A gente tinha se perdido, eles também. A gente com um mapa na mão, eles não perceberam. Eles, então:
- "vocês sabem onde fica tal ponto?"
(Isso, em inglês.)
- "Hm.. não... você sabe onde fica tal ponto?"
- "Sei sim.. é pra lá! Muito obrigado!

Droga. Eu não tava dizendo que o ponto que eles tavam procurando ficava perto do ponto que eu disse. EU que tava querendo chegar nesse local. Quando chegamos lá, demos de cara com eles. Eu me fingi de cega, claro. Nunca vi, não lembro de nada. Só lembro de Roma... de tudo que é lindo, de tudo em Roma.
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OBS: geladeira, aqui, tornou-se um eletrodoméstico desnecessário. é só colocar do lado da janela, 10 minutos e pronto: geladinho, geladinho.

Um comentário:

  1. Haha! Verdade, depois de um tempo a nossa geladeira vira uma coisa ecologicamente correta rsrs. Espera chegar em dezembro que fica "mais eficiente" o esfriamento xD Curtindo relembrar as coisas pelo seu blog =) Aliás, fala da suas percepções sobre a cultura académica portuguesa *_* Você viu o TROVAS (Festival Feminino de Tunas)?

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