sábado, 27 de novembro de 2010

Porto - 06 e 07 de novembro

Dia de ir encontrar papai.

No dia anterior, o céu tinha resolvido desabar sobre Braga. Não sei eu já contei por aqui, mas muitas vezes se faz alusão a Braga como sendo o "pinico de Portugal"... e é verdade. Chove, chove, chove. Depois chove mais um pouquinho. E eu devia parar de reclamar, porque nesse exato momento não tá chovendo. Parei, São Pedro. Parei.

Pra acordar, um sufoco. Se o dia não tivesse tão frio, se minha cama não tivesse tão acolhedora, se eu não tivesse ido dormir não tarde... Mas tá, vamos lá. Hoje é dia de ir ver papai. Um pedacinho do Brasil. Primeiro pegamos o autocarro até a estação de comboio, depois pegamos o comboio até Porto. Chegando em Porto, resolvemos que iríamos andando até o Hotel em que papai tava, afinal era tão pertinho... Pertinho, vírgula. Eram só três estações de metro, mas não contávamos com a presença das ladeiras de Porto. Tem muita, muita, muita ladeira. Uma quantidade inacreditável de ladeiras. Portugal é uma academia à céu aberto.

Quando chegamos ao Hotel, papai já tinha saído pra tomar café, já tava voltando. Entramos no hotel, o que iríamos fazer? Conhecer o quê? Não tinha dado tempo, no dia anterior, de fazer o procedimento habitual anterior às viagens: pesquisar o que se deve visitar, como chegar, quais são as dicas (uma boa pedida é o site mochileiros.com). Depois de um tempinho de briga com o mapa (a gente nunca vai se dar bem, eu já devia ter me conformado), me dei por vencida. Pai, eu TENHO que comer. (Quem me conhece, sabe. Tem hora que ou eu como ou eu... como. Sem chance de discussão) Foi a nossa vez (eu e Ingrid) de sair pra comer. Fomos a uma pastelariazinha que tinha bem próxima ao hotel, uma perdição. Aqui em Portugal é cheia delas, uma em cada esquina. Um problema pra quem não quer engordar, claro. Besteira. Quando chegar no Brasil, perde. Papai disse, eu concordei: Quem colocasse uma pastelaria dessas no Brasil ia se dar bem. São muitos, muitos, muitos doces. Muitos doces gostosos, muitos doces bonitos.


Rafinha 0 x 2 O mapa

Papai, que havia ficado no hotel procurando descobrir pra onde iria depois de Porto, foi nos encontrar para que de lá já fôssemos desbravar a Cidade Invicta. Saímos sem rumo, sem lenços nem documentos (brincadeira, pai, prometo que agora só vou andar com meu passaporte). No meio do caminho, encontramos um posto turístico onde pegamos um mapa com os principais ponto a serem vistos: ali estava nossa rota.

O que tem em Braga? Igreja! O que tem em Porto? Igreja! Aliás, o que é mesmo que tem em Portugal? Igreja e mais e mais e muito mais igreja! Começamos pela Igreja e Torre dos Clérigos que à época da sua construção (no século 18) foi o mais alto edifício de Portugal. Ela é bonita, alta, e segundo informações colhidas depois, para se chegar ao topo da torre tem-se que subir 240 degraus. Deus é pai e a igreja tava fechada. Não me levem a mal, mas é que eu ainda tou com um certo receio depois das escadas do Vaticano. E papai tava tão disposto que eu não tenho muita certeza se ele não iria querer subir a torre, caso fosse possível. As igrejas de Portugal abençoam nossas vontades. E os anjos dizem amém.




Chegamos a uma pracinha, em frente ao Tribunal...outono! Naquele dia, ainda se viam as árvores cheias de folhas, todas caindo. Tá bom, tá bom... hoje em dia ainda se vê, aqui em Braga, um monte de folhas, todas caindo. Mas é que já tem umas árvores que tão bem peladinhas. Eu sempre sonhei em presenciar bem as quatro estações... ver as flores, as folhas, sentir o sol e o frio. Hoje, pensando bem, eu dispensaria a parte do frio. Eu sei, eu sei, tou resmungando. Desculpa. Parei.



Visto alguns pontos, fomos à Ribeira. Que é um local lindo, lindo, lindo. Patrimônio Mundial de UNESCO, fica à margem do Rio Douro, cheio de barzinhos, muita gente, super animado. Caminhamos mais um pouquinho, chegamos então a uma das pontes que ligam Porto e a Vila Nova de Gaia. Mas não a atravessamos...ainda. Papai tava todo orgulhoso, se sentindo super disposto porque no dia anterior tinha andado 4 hrs direto, sem parar, e não tinha sentido nada.. (mas que coisa boa!) .. então fomos andar mais um pouquinho. Consegue subir essas escadas, pai? Consigo! Então bora...


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